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LETRINHAS DO RDB

Cesário numa visão panorâmica

  • Foto: arquivo RDB - Cesário (à esquerda) e Sagaz deixaram importante legado para o esporte joinvilense

Lá do alto do Morro do Boa Vista, atrás de onde está atualmente a sede da Prefeitura de Joinville, era de lá que a família Ferreira tinha a visão panorâmica da Joinville do passado. E de lá até meados dos anos 1980 o caçula Cesário Emanuel Ferreira descortinava a mais bela imagem desta cidade que tanto respirou e transpirou nas quadras e campos. Na madrugada de 12 de novembro de 2019, aos 76 anos, essa figura ímpar e de frases que causavam impacto se calou para sempre. A enfermidade, que era uma companheira silenciosa, deixou o corpo descansar.
Um bem comportado playboy na sua juventude, que costumava frequentar o Blue Bar, junto com os garotos bossa nova de sua época.

Ele foi cumprir a obrigação com a pátria ao servir o Exército no Rio de Janeiro, num batalhão formado por uma elite de soldados entre milhares no país. Pela estatura e envergadura foi servir ao Exército na capital federal, na época o Estado da Guanabara. E lá, entre as obrigações com a pátria, Cesário esteve perto da sua maior emoção ao ver o rei Pelé numa partida memorável contra o selecionado argentino em pleno Maracanã. No final de jogo, Cesário testemunhou a reverência dos argentinos querendo tirar de Pelé suas peças de roupa e o calçado como lembrança da derrota que sofreram diante do maior jogador de futebol do mundo. Cesário sempre podia ser consultado sobre qualquer assunto e respondendo com uma palavra de sabedoria e, às vezes, com uma pontinha de irreverência e humor.

Um atleta que tinha desenvoltura no basquete com a camisa celeste do Cruzeiro. Não permitiu ser derrotado pela falta de oportunidade no Caxias, o time que em a família sempre desfilou raça e talento, e foi se abrigar no América, onde até encontrou algumas chances entre os profissionais. E já no limiar de sua trajetória futebolística ainda encontrou pernas e pulmões para encontrar velhas e novas amizades no temido e imbatível Tocas, um super time para os padrões varzeanos.
Um registro rápido e sincero do que Cesário proporcionou nesta jornada terrena. Uma conversa sempre agradável e que estará fazendo falta. A visão agora fica ainda mais ampla. Não será apenas a imagem restrita do Morro do Boa Vista em direção da Serra do Mar. A amplitude é total.

Figurinhas bem carimbadas

A história do esporte de Joinville, e também do JEC, passa obrigatoriamente pela vida de algumas figuras importantes do cotidiano esportivo da cidade. José Pereira Sagaz é uma delas. Sempre teve como base o bairro Guanabara e chegou até ao JEC vindo de uma longa trajetória no Caxias. No tricolor conseguiu empregar outro ritmo e tudo pela transformação de processos e procedimentos que o novo clube ofereceu. Sempre que podia passava na Arena para acompanhar o time tricolor e olhar se o "filhote" Paulinho Hoffmann estava colocando em prática todos os ensinamentos que recebeu. A outra figurinha carimbada desta fotografia é Cesário Emanuel Ferreira, que permaneceu em atividade nas lidas jequeanas até seu falecimento na noite de 12 de novembro de 2019. Só não entrou em campo, mas tem uma longa folha de serviços prestados ao clube, principalmente no setor de publicidade.

 

Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com

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Cesário (à esquerda) e Sagaz deixaram importante legado para o esporte joinvilenseFoto: arquivo RDB

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